LOOPER - BRUCE WILLIS E A FILOSOFIA DO DESTINO FUTURO.
Devo dizer que não assistia a um bom filme de ficção desde o primeiro Matrix (1999). Você sabe, daqueles que vão além dos tiros e da narrativa confusa, acessível para Nerds mas também para seres humanos normais. Looper - Assassinos do Futuro (2012) é o terceiro filme do quase desconhecido diretor Rian Johnson que também assina a história e o roteiro original. Saca o trailer:
Como você já sabe, aqui no AGE não fazemos resenha dos filmes, vamos por outro lado. No caso de Looper, têm muita coisa legal: viagem no tempo, futuro, destino e aquelas escolhas morais que fazem parte da vida de quase todo mundo. Em outras palavras, Looper é um filme filosófico. Ãh? Como?
Filosofia (literalmente, «amor à sabedoria») é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. - Wikipédia
Filosofia (literalmente, «amor à sabedoria») é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. - Wikipédia
Sim, meus caros. Ficção também é cultura. O atual, "pau pra toda obra" Bruce Willis e
Joseph Gordon-Levitt (praticamente irreconhecível com uma maquiagem pesada e lentes de contato para ficar parecido com Willis) são o apelo comercial para você pensar na vida e nas escolhas que faz todos os dias. E funciona que é uma beleza.
De certa forma, tanto a Ficção quanto a Filosofia lidam com argumentos e não com respostas práticas (há quem discorde). O processo é de reflexão, não de conclusão. Sendo assim, Looper abre as portas para uma série de questões sobre os atos que moldam o nosso destino com uma boa história e algumas surpresas.
Viagens no Tempo são um recurso recorrente no cinema para gerar questionamentos sobre a conduta pessoal e social. O que você está fazendo com a sua vida? Que mundo é esse e no que nos transformamos? Como vim parar aqui e quem é essa pessoa que eu digo que sou? Looper inova ao colocar o mesmo protagonista como bandido/mocinho e ter a escolha moral de se matar ou viver por mais 30 anos como um ser humano sem sentido (e destino é sentido, direção e objetivo).
Não se pode falar em Viagem no Tempo sem cair nas famosas Linhas Temporais e suas inúmeras possibilidades. Melhor deixar isso para depois do filme, tomando uma cerveja com os amigos e brincando de "mas, o que aconteceria, se...". Looper também tem espaço para algum romance e uma mensagem paternal interessantes, sem cair na pieguice (não vou dar spoilers).
Enquanto Cloud Atlas dos irmãos Wachowski não estreia, confira Looper e depois volte aqui pra responder: "E aí? Você mataria Hitler no berço?" Divirta-se.
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1 comentários:
Não mataria o Hitler. Voltaria no tempo e aprovaria Ele na Academia de Belas-Artes, isso certamente evitaria o sofrimento de 6.000.000 de pessoas.
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