FLOCOS DE NEVE E A FELIZ CIDADE DOS MANIFESTOS CARNAVAL
Jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo. - Albert Einstein
O mundo está passando por momentos surpreendentes nesta última década. São transformações profundas e de longa duração que marcam, não apenas novos pontos de vista e comportamento, mas também um novo paradigma para viver em sociedade. Uma nova ordem social que para se estabelecer, começa necessariamente pelo Caos.
Natureza e Humanidade, o clima do planeta e o temperamento das pessoas, crises políticas e sociais, pansexualidade, liberdade vigiada, novas tecnologias e uma enxurrada de informações por segundo que deixam até os mais espertos, meio tontos e sem rumo. Caos e Ordem. Como lidar com tantas mudanças em tão pouco tempo? Como as diferentes idades e suas experiências podem se preparar para o que vem por aí? E como a busca da felicidade pessoal é afetada por esse Caos todo?
NOVOS DA VELHA ORDEM X VELHOS DA NOVA ORDEM
Na teoria, os mais jovens sempre seriam aqueles que trariam as mudanças mais positivas para formação de uma nova ideologia social. No confronto de ideias e valores, a juventude mudaria o Status Quo social em busca de uma reforma que representasse um novo começo. Só que não.
Parece que os líderes juvenis continuam lendo Marx e Lênin, na versão para iniciantes. As manifestações atuais perderam, há muito tempo, o idealismo e romantismo da presença da paz como maior valor (como nos anos 60 e 70) e o que vemos são apenas atos violentos sem consciência e pura ignorância política como, por exemplo, não saber fazer as contas entre gastos públicos e reformas sociais ou conseguir conversar durante dois minutos sem soltar uma frase clichê sobre o "Opressor Capitalismo Selvagem e a Classe Dominante". É uma grande e decepcionante energia sem direção.
Enquanto temos grandes realizações em outras áreas como as ciências e a tecnologia, nos games e robótica feitas pela nova geração, a política permanece infantil, ignorante e maniqueísta. Nossos heróis morreram de overdose do próprio ego. E morreram cedo. É uma pena.
Por outro lado, a terceira idade entrou em uma nova Era, a da melhor idade, um aspecto conservador do cuidado com o corpo e a qualidade de vida. Nossos futuros ancestrais agora passam divertidas horas trocando receitas e conversas pelo Facebook, pintando mandalas em livros de desenhos e tentando, a todo custo, não aparentarem a idade que têm. E para os que não conseguem acompanhar a "modernidade" ainda existe, é claro, o sofá e a televisão de sempre.
A imagem do "velho sábio da aldeia", do vovô e vovó que ensinam sobre a vida com os netos sentados no colo ou o velho mestre em uma sala de aula, só podem ser vistas agora (e com uma certa raridade) nos filmes. Uma nobre e forte exceção: Zygmunt Bauman, o sociólogo e autor de "Amor Líquido" e outras obras que jovens e velhos deveriam conhecer.
Do alto dos seus lúcidos 90 anos, Bauman representa um tipo de homem e princípio que está morrendo rápido: o da reflexão sem sofrimento, da analise dos fatos sem aquela carência grudenta da perda, do reconhecimento da finitude presente em tudo que vive e do desapego ao que se deve deixar para trás. Elementos que estão presentes, inclusive, na busca pela Felicidade que não seja apenas desejo e satisfação.
É um excelente exemplo para ser lido entre as aulas de tricô pelo Facebook e os nudes enviados pelo whatsapp, fica a dica.
A FELIZ CIDADE E O DESCONTENTAMENTO
A Felicidade é como um floco de neve. Possui um centro comum, até mesmo ordinário, que vai se desenvolvendo para um resultado único e original. A Felicidade é pessoal (este é o núcleo comum) mas sua conquista depende do entorno (ambiente de desenvolvimento). A Felicidade também é pontual. Ela acontece em circunstâncias onde a soma das experiências positivas resultam em puro contentamento e satisfação total.
Sim, você pode até comparar a Felicidade com um orgasmo mas, fazendo isso, estaria experimentando apenas a parte mais egoísta da Felicidade, aquela onde o prazer não é compartilhado e nenhum conhecimento é aprendido. Isso é chamado de "Felicidade do Possuidor", um traço psicológico que marca a nossa indiferença pela Felicidade do outro e pelo seu destino. E assim como um orgasmo, quem busca apenas a própria Felicidade, já perdeu o foco do que isso significa.
O cenário absolutamente pessimista que descrevi acima sobre as gerações, foi proposital. É como aquela frase "se uma pessoa sorri, é porque está contente. Se sorri o tempo todo, é porque está com problemas". Questionar a Felicidade (com o cérebro e não com o coração) é bem mais difícil do que questionar a infelicidade. Isso acontece pela impressão de que a Felicidade é apenas instintiva e um sentimento que não dura muito tempo (o que é verdade). E, vamos ser sinceros, o coração é um orgão que pulsa e não o que pensa, né?
Novamente, essa é uma impressão da Felicidade do Possuidor, de quem precisa da manifestação externa e palpável da Felicidade como um carro, um amor, sexo ou um novo celular. Parafraseando Bauman, uma "Felicidade Líquida" que satisfaz apenas temporariamente, gera vício e dependência psicológica. Nesta forma, a Felicidade perde o seu aspecto mais filosófico e lúdico e o belo floco de neve dá lugar a um Carnaval insaciável em busca do prazer sensorial, no qual muita gente acredita ser Felicidade. Não, tente de novo.
Se tirarmos as questões mais comuns como a corrupção, descaso social e as incompetências governamentais que assolam em todo o mundo, vamos descobrir que as manifestações públicas possuem um componente essencial para entender tanto Caos: a própria insatisfação ou fracasso na busca pela Felicidade pessoal.
Essa é uma pílula complicada de engolir, principalmente se focarmos a responsabilidade (que é bem diferente do que culpa) na incompetência de terceiros, sejam eles, um governo, um país, ou mesmo um parente ou namorado/marido, etc. Na mente de um "possuidor", aquilo que ele não consegue é sempre culpa de outra pessoa ou circunstância. Que dureza, hein?
Já que a Felicidade é pessoal e formada pelas experiências, lugares e pessoas que vivenciamos, ninguém pode te ensinar a ser feliz. Ninguém, lembre-se disso. Porém, você pode unir um pouco a sua cabeça sonhadora ao seu coraçãozinho esperançoso e obter ótimos resultados.
Ao perceber que a Felicidade é uma manifestação (positiva e não carente) da sua própria identidade como pessoa (assumindo que você quer ser feliz e isso não seja apenas um desejo), algo interessante acontece. Pessoas felizes funcionam diferente. O cérebro das pessoas felizes, funciona diferente:
Parece que os líderes juvenis continuam lendo Marx e Lênin, na versão para iniciantes. As manifestações atuais perderam, há muito tempo, o idealismo e romantismo da presença da paz como maior valor (como nos anos 60 e 70) e o que vemos são apenas atos violentos sem consciência e pura ignorância política como, por exemplo, não saber fazer as contas entre gastos públicos e reformas sociais ou conseguir conversar durante dois minutos sem soltar uma frase clichê sobre o "Opressor Capitalismo Selvagem e a Classe Dominante". É uma grande e decepcionante energia sem direção.
Enquanto temos grandes realizações em outras áreas como as ciências e a tecnologia, nos games e robótica feitas pela nova geração, a política permanece infantil, ignorante e maniqueísta. Nossos heróis morreram de overdose do próprio ego. E morreram cedo. É uma pena.
Por outro lado, a terceira idade entrou em uma nova Era, a da melhor idade, um aspecto conservador do cuidado com o corpo e a qualidade de vida. Nossos futuros ancestrais agora passam divertidas horas trocando receitas e conversas pelo Facebook, pintando mandalas em livros de desenhos e tentando, a todo custo, não aparentarem a idade que têm. E para os que não conseguem acompanhar a "modernidade" ainda existe, é claro, o sofá e a televisão de sempre.
A imagem do "velho sábio da aldeia", do vovô e vovó que ensinam sobre a vida com os netos sentados no colo ou o velho mestre em uma sala de aula, só podem ser vistas agora (e com uma certa raridade) nos filmes. Uma nobre e forte exceção: Zygmunt Bauman, o sociólogo e autor de "Amor Líquido" e outras obras que jovens e velhos deveriam conhecer.
Do alto dos seus lúcidos 90 anos, Bauman representa um tipo de homem e princípio que está morrendo rápido: o da reflexão sem sofrimento, da analise dos fatos sem aquela carência grudenta da perda, do reconhecimento da finitude presente em tudo que vive e do desapego ao que se deve deixar para trás. Elementos que estão presentes, inclusive, na busca pela Felicidade que não seja apenas desejo e satisfação.
É um excelente exemplo para ser lido entre as aulas de tricô pelo Facebook e os nudes enviados pelo whatsapp, fica a dica.
A FELIZ CIDADE E O DESCONTENTAMENTO
A Felicidade é como um floco de neve. Possui um centro comum, até mesmo ordinário, que vai se desenvolvendo para um resultado único e original. A Felicidade é pessoal (este é o núcleo comum) mas sua conquista depende do entorno (ambiente de desenvolvimento). A Felicidade também é pontual. Ela acontece em circunstâncias onde a soma das experiências positivas resultam em puro contentamento e satisfação total.
Sim, você pode até comparar a Felicidade com um orgasmo mas, fazendo isso, estaria experimentando apenas a parte mais egoísta da Felicidade, aquela onde o prazer não é compartilhado e nenhum conhecimento é aprendido. Isso é chamado de "Felicidade do Possuidor", um traço psicológico que marca a nossa indiferença pela Felicidade do outro e pelo seu destino. E assim como um orgasmo, quem busca apenas a própria Felicidade, já perdeu o foco do que isso significa.
O cenário absolutamente pessimista que descrevi acima sobre as gerações, foi proposital. É como aquela frase "se uma pessoa sorri, é porque está contente. Se sorri o tempo todo, é porque está com problemas". Questionar a Felicidade (com o cérebro e não com o coração) é bem mais difícil do que questionar a infelicidade. Isso acontece pela impressão de que a Felicidade é apenas instintiva e um sentimento que não dura muito tempo (o que é verdade). E, vamos ser sinceros, o coração é um orgão que pulsa e não o que pensa, né?
Novamente, essa é uma impressão da Felicidade do Possuidor, de quem precisa da manifestação externa e palpável da Felicidade como um carro, um amor, sexo ou um novo celular. Parafraseando Bauman, uma "Felicidade Líquida" que satisfaz apenas temporariamente, gera vício e dependência psicológica. Nesta forma, a Felicidade perde o seu aspecto mais filosófico e lúdico e o belo floco de neve dá lugar a um Carnaval insaciável em busca do prazer sensorial, no qual muita gente acredita ser Felicidade. Não, tente de novo.
Se tirarmos as questões mais comuns como a corrupção, descaso social e as incompetências governamentais que assolam em todo o mundo, vamos descobrir que as manifestações públicas possuem um componente essencial para entender tanto Caos: a própria insatisfação ou fracasso na busca pela Felicidade pessoal.
Essa é uma pílula complicada de engolir, principalmente se focarmos a responsabilidade (que é bem diferente do que culpa) na incompetência de terceiros, sejam eles, um governo, um país, ou mesmo um parente ou namorado/marido, etc. Na mente de um "possuidor", aquilo que ele não consegue é sempre culpa de outra pessoa ou circunstância. Que dureza, hein?
Já que a Felicidade é pessoal e formada pelas experiências, lugares e pessoas que vivenciamos, ninguém pode te ensinar a ser feliz. Ninguém, lembre-se disso. Porém, você pode unir um pouco a sua cabeça sonhadora ao seu coraçãozinho esperançoso e obter ótimos resultados.
Ao perceber que a Felicidade é uma manifestação (positiva e não carente) da sua própria identidade como pessoa (assumindo que você quer ser feliz e isso não seja apenas um desejo), algo interessante acontece. Pessoas felizes funcionam diferente. O cérebro das pessoas felizes, funciona diferente:
De acordo com um estudo publicado na Personality and Social Psychology, o simples fato de listar as coisas boas que acontecem na sua vida ou aquilo pelo que você é grato já tem o poder de treinar a sua mente para focar no que é positivo. - http://noticias.universia.com.br
Todas as respostas para Felicidade são diferentes. Pense na sua e depois pense na resposta de um Monge Tibetano, de uma garota de programa, ou de uma criança na Síria. Se todas as resposta são diferentes (como flocos de neve), o objetivo comum deveria ser também, não é? Errado, porque existe uma outra palavra para Felicidade e ela é muito conhecida em tempos de Caos e Guerra. Já adivinhou qual é?
Se pensarmos que a Felicidade é a ausência de qualquer espécie de problema e o término dos conflitos interiores e exteriores, o que vamos ter? Isso mesmo, eu tinha certeza que você ia chegar nessa conclusão também.
Felicidade e Paz são sinônimos para quem conseguiu escapar da "Felicidade do Possuidor". Você pode, por exemplo, ser feliz e insatisfeito ou ter Paz estando em conflito externo como uma prova para o Vestibular ou "brigando" por um novo emprego.
"Se quer paz, prepare-se para a guerra" é um provérbio latino que serve muito bem como exemplo e, infelizmente, também é pouco entendido. Eu diria que a Felicidade se encaixa na mesma categoria. Se quer a Felicidade, prepare-se (eduque-se e amadureça) para infelicidade.
Espero que este artigo tenha dado um pequeno nó na sua cabeça e que não tenha nem concordado com tudo que escrevi (sinais positivos de que novos pensamentos estão querendo aparecer para sua reflexão). Vai atrás deles e, se puder, seja feliz na sua jornada. Até!
Ps.: Os agradecimentos especiais vão para Elizandra Santos (fotografia) e Konauky Freitas (modelo) por algumas das fotos que ilustraram este artigo. Valeu!
Se pensarmos que a Felicidade é a ausência de qualquer espécie de problema e o término dos conflitos interiores e exteriores, o que vamos ter? Isso mesmo, eu tinha certeza que você ia chegar nessa conclusão também.
Felicidade e Paz são sinônimos para quem conseguiu escapar da "Felicidade do Possuidor". Você pode, por exemplo, ser feliz e insatisfeito ou ter Paz estando em conflito externo como uma prova para o Vestibular ou "brigando" por um novo emprego.
"Se quer paz, prepare-se para a guerra" é um provérbio latino que serve muito bem como exemplo e, infelizmente, também é pouco entendido. Eu diria que a Felicidade se encaixa na mesma categoria. Se quer a Felicidade, prepare-se (eduque-se e amadureça) para infelicidade.
Espero que este artigo tenha dado um pequeno nó na sua cabeça e que não tenha nem concordado com tudo que escrevi (sinais positivos de que novos pensamentos estão querendo aparecer para sua reflexão). Vai atrás deles e, se puder, seja feliz na sua jornada. Até!
Ps.: Os agradecimentos especiais vão para Elizandra Santos (fotografia) e Konauky Freitas (modelo) por algumas das fotos que ilustraram este artigo. Valeu!
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