INTRUSOS/ O DESPERTAR - O MEDO SEM ROSTO DOS PAIS E SEUS FILHOS.
"Eu sei que o sem-rosto não existe. Mas ele acredita que existe." - Mia (Ella Purnell) em Intruders.
Na busca por filmes de Terror e Suspense com menos sangue e mais roteiro para os seguidores do AGE, consegui encontrar dois exemplos bem legais que ilustram um dos maiores medos humanos: aquele que ameaça seus filhos e familiares.
Tanto Intrusos (Intruders, 2011 com Clive Owen) quanto O Despertar (The Awakening, 2011 com a bela, competente e quase desconhecida Rebecca Hall) lidam com aquele alarme silencioso que fica sempre ligado na cabeça dos pais, cuidadores e qualquer um que saiba o que é amar um criança. Vejam só:
Eu, hein? Como você já sabe, o medo é considerado uma defesa natural contra aquilo que não conhecemos. O medo é um fantasma sem rosto, uma possibilidade de tragédia antecipada, o perigo que se apresenta em uma realidade alternativa que a mente não consegue antecipar. Metade do medo que você experimenta é defesa biológica e programada para preservação da espécie (o que inclue as crianças). A outra pode ser bem real. Ou será que não?
Eu, hein? Como você já sabe, o medo é considerado uma defesa natural contra aquilo que não conhecemos. O medo é um fantasma sem rosto, uma possibilidade de tragédia antecipada, o perigo que se apresenta em uma realidade alternativa que a mente não consegue antecipar. Metade do medo que você experimenta é defesa biológica e programada para preservação da espécie (o que inclue as crianças). A outra pode ser bem real. Ou será que não?
Em Intrusos, temos um história contada de forma inteligente, graças a presença sempre marcante de Clive Owen e a cabeça criativa do diretor espanhol Juan Carlos Fresnadillo (se você não assistiu o excelente e cult Intacto de 2001, corra atrás). A escolha de duas histórias paralelas acrescentam a ideia da falta de segurança generalizada, o pavor de que nunca estaremos realmente protegidos do mal que nos espreita. Em alguns momentos, parece que assistimos a dois filmes diferentes sobre o mesmo tema. Eu começaria por este.
Em seguida, faça mais um balde de pipoca e aperte o play para O Despertar.
Apesar de só ter visto um ou dois, eu acredito em fantasmas tanto quanto acredito na Ciência. Florence Cathcart (Rebecca Hall) prefere a segunda opção e dedica sua vida a exposição de videntes farsantes e médiuns interesseiros para mascarar um segredo do passado. Curioso: o diretor Nick Murphy não é espanhol, mas a estética do filme lembra muito Os Outros (The Others, 2001 de Alejandro Amenábar com Nicole Kidman, vai me dizer que não viu?).
Todos nós temos os nossos fantasmas (que a psicologia chama de complexos). Você só pode enxergar o que realmente quer ver e nem sempre isso é fácil. O que não é fácil vai pra debaixo do tapete. E o nome do tapete é insconsciente ou subconsciente. Ao racionalizar o que não queremos sentir, criamos toda espécie de monstros, presos e famintos, aguardando a chance de escapar. Fique esperto.
Intrusos e O Despertar não trazem grandes efeitos e nem muitos sustos porque o foco é a resolução dos conflitos interiores presentes em cada um de nós. Trata-se do terror psicológico, do enfrentamento de verdades antigas, velhas e embalsamadas que bloqueiam a luz do entendimento amadurecido que impede o nosso crescimento como adultos.
Você não vai encontrar vampiros e lobisomens aqui. Mas a sua coragem vai ter que ser bem maior. Boa terapia e até a próxima.
Ps.: o título do filme Intruders foi pessimamente traduzido como O intruso dos teus sonhos, ok?
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