THE (FACE) BOOK OF LOVE - O GUIA DO AMOR ESSENCIAL PARA ENAMORADOS.
Vejam só, já estamos perto do Dia dos Namorados, aquela data maravilhosa do calendário tradicional onde você comemora...comemora...comemora o que mesmo?
Muita gente anda se perguntando isso e não quero repetir o artigo que escrevi no ano passado sobre o tema. Existem tantas formas de amor (e de amar) quanto o número de doenças. Para alguns autores clássicos, inclusive, amar é adoecer, padecer dos sintomas que causam taquicardia, suor frio e bobeira generalizada. O amor nos torna estupidamente conscientes da necessidade de trocar algo valioso, além da saliva e outros líquidos corporais.
O próprio amor é líquido e pede fluxo. Quem ama quer que esse rio de intenções corra na direção do sujeito, sujeita pretendido. O amor também é ar, disparado em pensamentos românticos, ternos e mesmo eróticos. O amor é fogo que causa cena: de pratos voando, suor que molha os lençóis, tapa na cara e o colinho aconchegante das promessas do "felizes para sempre". E não podemos esquecer que o amor exige território, presença e um lugar para colocar a sua bandeira, seu par de meias, brincos ou calcinhas. O amor pede espaço em todos os sentidos. E nos seus sentidos.
O Dia dos Namorados pode ter muito pouco valor se você não encarar essa "doença" chamada amor. A doença invade o corpo para conquistar e possuir seu hospedeiro. O amor te invade para você vir morar com ele. Se você namora, mas não "mora", talvez esteja na casa errada. É por isso que muita gente "habita" um relacionamento, mas não se sente confortável para colocar os pés na mesa ou deixar a porta do banheiro aberta. Amor diplomático é pra político que beija criança. Melhor o amor que se suja na lama do parque, na mostarda do cachorro-quente, na areia da praia com Lua Cheia. Convenção é nome de refrigerante ruim. Deixa sujar que depois Omo limpa.
Enamorado
Sinônimos: apaixonado, enamorado, engatado, babado, ababalhado, abobado, pasmado, babão, apalermado. baboso, bocaaberta, dengoso, idiota, pateta, caído, abatido, derretido, derriço, derrubado, descaído, enrabichado, triste, dissoluto, dissolvido, fundido, liquefeito, embeiçado, cativado, rendido, enfeitiçado...
Antônimos: descontente mal-amado, desiludido, contrariado, mal-fadado, desamado.
Não sei quem foi o safado que tirou o "E" dos namorados porque todo e qualquer relacionamento tem um "e": e você fez isso, e foi você quem começou, e a sua mãe é quem se mete, e por aí vai. o "E" é o nó do laço e do relacionamento. Seja para quem "laçou" ou foi laçado. Sem ele, o presente fica desembrulhado. Talvez a carta do Tarô te ajude nessa:
Os Enamorados, carta VI, é o único arcano maior que aborda diretamente a temática "escolha/decisão". Quando os Enamorados aparecem no jogo, acusa que há um conflito no qual a dúvida pode ser a grande vilã do problema apresentado. Alerta que é momento do indivíduo optar entre dois ou mais caminhos, o que implica na renúncia de algo ou de alguém. Avisa que se faz necessária uma tomada de consciência, na qual o consultante terá que arcar com as responsabilidades de suas decisões. Ao enfrentar as próprias incertezas fazendo uma opção necessária, já poderá encarar outras vias de resolução que o momento solicita. - Valéria Fernandes
Viu só? O "E" de uma relação é o mesmo da palavra escolha. Sua escolha. O ser humano busca o amor como quem sente sede, frio ou fome. É inevitável. Mas não reclame do que encontrar só porque confundiu amor materno com aquela mulher maravilhosa da balada ou amor paterno com o sujeito vestido de vaqueiro. Pra isso, Freud explica e descomplica pra você. Vai lá bater um papo com ele.
Faltou falar do amor virtual, aquele que se acredita amar de longe. Penso que o amor de verdade dá a cara prá bater (mas cuidado com a Lei Maria da Penha, ok?), pula no abismo das emoções, entra no Octógono e vai pro abraço. Amor é mata-leão. O amor pede mais do que o seu perfil na Rede Social e não usa Photoshop.
Aliás, para quem ama, social é pra vestir roupa de casamento ou batizado, tomar tequila com os amigos dele e dela, macarrão com a sogra, futebol com o sogro e já está de bom tamanho. Amor de verdade é a dois. Três já é família ou suruba. Bom, tem quem goste...
Viu só? O "E" de uma relação é o mesmo da palavra escolha. Sua escolha. O ser humano busca o amor como quem sente sede, frio ou fome. É inevitável. Mas não reclame do que encontrar só porque confundiu amor materno com aquela mulher maravilhosa da balada ou amor paterno com o sujeito vestido de vaqueiro. Pra isso, Freud explica e descomplica pra você. Vai lá bater um papo com ele.
Faltou falar do amor virtual, aquele que se acredita amar de longe. Penso que o amor de verdade dá a cara prá bater (mas cuidado com a Lei Maria da Penha, ok?), pula no abismo das emoções, entra no Octógono e vai pro abraço. Amor é mata-leão. O amor pede mais do que o seu perfil na Rede Social e não usa Photoshop.
Aliás, para quem ama, social é pra vestir roupa de casamento ou batizado, tomar tequila com os amigos dele e dela, macarrão com a sogra, futebol com o sogro e já está de bom tamanho. Amor de verdade é a dois. Três já é família ou suruba. Bom, tem quem goste...
O psicólogo Flávio Gikovate tem um ensaio muito legal sobre o amor e o fazer amor (descubra a diferença aqui). Se você vai passar o Dia dos Namorados sozinho, experimente sair do clichê "ir prá balada e pegar o que tiver pela frente". Assim como o dinheiro, seu amor não tolera desaforo nem aceita cópias descaradas de intimidade forjada em copos de uísque e euforia social. "Sexo vem dos outros e vai embora, Amor vem de nós e demora", já dizia a vovó Rita Lee. Amor é sujeito, não pessoa.
E para quem vai passar acompanhado, espero que tenham reparado que escrevi amor com letra minúscula neste artigo. Por que? Amor de verdade, quem torna grande (e real) é você. O resto é presente de shopping. Feliz Dia dos Enamorados e até a próxima.
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