Ouça Esta Letra - Cartola - A cor da Esperança - A poesia humana na voz do cantor da simplicidade por Marcos H.
Durante um bom tempo, fiquei em dúvida se era ruim da cabeça ou doente do pé. Até que conheci Angenor de Oliveira, o Cartola. Nascido e criado no rock, sempre torci o nariz para o samba e seus derivados de gosto duvidoso como o pagode e essa "coisa" de universitário.
Cartola me apresentou a poesia do Morro, das letras inspiradas na real experiência do Malandro Carioca, do sofrimento do amor perdido e da esperança que nunca abandona o pobre. Samba de Raiz não é chorar dor de cotovelo (ou na cabeça). O buraco não é lá embaixo com letras de duplo sentido e malícia de moleque exitado. É no coração e, o melhor, é verdadeiro.
"A cor da Esperança" é um exemplo da simplicidade que passeia por toda obra de Cartola. É mais difícil ser simples do que parece. Jovens escritores, aspirantes a poeta, deveriam ouvir e ler Cartola. Ao contrário, tentam parecer "inteligentes" e usam palavras difíceis e rebuscadas que os afastam do povo e da poesia. Mas este mal tem cura: Cartola, Bezerra da Silva e Paulinho da Viola uma vez ao dia e pronto. O samba não morre e você renasce. Bom da cabeça e do pé. Até a próxima.
Amanhã,
A tristeza vai transformar-se em alegria,
E o sol vai brilhar no céu de um novo dia,
Vamos sair pelas ruas, pelas ruas da cidade,
Peito aberto,
Cara ao sol da felicidade.
E no canto de amor assim,
Sempre vão surgir em mim, novas fantasias,
Sinto vibrando no ar,
E sei que não é vã, a cor da esperança,
A esperança do amanhã.
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Sobre o Autor:
Marcos H. de Oliveira é redator freelance de publicidade e propaganda e consumidor voraz de livros, música, cinema e arte. http://twitter.com/agentescreve |
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