ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS - O CLASSÍCO NADA INFANTIL QUE TODO ADULTO DEVERIA LER.
Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?
- Isso depende bastante de onde você quer chegar, disse o Gato.
- O lugar não me importa muito..., disse Alice.
- Então não importa que caminho você vai tomar, disse o Gato.
- ... desde que eu chegue a algum lugar, acrescentou Alice em forma de explicação.
São trechos espirituosos como este que fazem da obra do matemático Charles Lutwidge Dodgson (pseudônimo Lewis Carroll, 1832 - 1898) muito mais do que um conto infantil. O filme inspirado de Tim Burton com Johnny Deep superou a marca de US$ 1 bilhão em bilheteria mundial. Em 2011, Disney lançou, em comemoração aos 60 anos da animação, uma edição especial em DVD e Blu-ray. Mesmo assim, eu não consigo deixar de sentir alguma tristeza por quem não vai ler o livro.
Apesar da perfeição dos estúdios com seus efeitos 3D e tudo mais, Alice no País das Maravilhas só pode ser experimentado em sua grandeza literária através da leitura. O desenvolvimento (psicológico e sexual) de uma garotinha em um mundo louco com bichos falantes, uma Rainha Louca e um Chapeleiro Maluco é estudado até hoje (e vai continuar sendo) por psicólogos, escritores e autores. E isso não é um exagero.
Alice contém sutilezas de estilo e narrativa surrealista, além de piadas e provocações entendidas apenas na língua inglesa, sobre a época social vivida por Carrol. Alice carrega a polêmica de um autor fascinado por meninas de 6 a 10 anos, que hoje poderia ser acusado facilmente de pedofilia (veja o link). Alice é um exemplo de que todos nós possuímos o dom da imaginação e da fantasia, seja você um físico, químico ou matemático. Alice é maravilhosa.
Para nossa sorte, existe uma edição comentada com todas as ilustrações originais de John Tenniel, esboços recém-descobertos e uma introdução situando Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho no contexto da Inglaterra vitoriana. Existe uma Terra Maravilhosa esperando por você. Siga o coelho e boa leitura!
Fontes:
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4 comentários:
Para quem quiser saber um pouco mais sobre o autor, existe uma biografia dele é um calhamaço de 650 páginas. É bem interessante, pois traz imagens das primeiras ilustrações de Alice no país das maravilhas, como fotos tiradas por Carroll, sim para quem não sabe ele era um exímio fotografo.
A biografia foi escrita por Morton N. Cohen um especialista nas obras e vida de Carroll, o livro chama-se Lewis Carroll - uma biografia, é da editora record ano 1995.
Esse livro não está mais disponível nas lojas, mas dá para encontrar nos sebos, para quem tiver interesse a estante virtual é uma boa.
Marcos, adorei tua publicação sobre Alice. Particularmente, também adoro essa história. Sou um pouco suspeita pra falar porque adoro esses livros "infanto juvenis" que são "para adultos". Só acho uma pena que sejam subestimados por tantas pessoas, por serem classificados dessa forma. Alice, assim como outros da mesma categoria, são riquíssimos de simbologias e de mensagens interessantes (principalmente para os adultos, que se "esquecem" de coisas tão essenciais ao decorrer da vida). Apesar de adorar o trabalho do Tim Burton e do Johnny Depp, confesso que não gostei do filme, talvez porque estava esperando demais - a propaganda foi grande, na época - talvez porque, como falastes, pra captar toda a essência de Alice é preciso que se leia o livro (às vezes, até mais de uma vez). :)
Verdade, Duda. Também não curti muito a versão do Tim Burton. Aqui no AGE você pode encontrar diversos exemplos legais que demonstram a validade de ler contos, fábulas e até mesmo quadrinhos. Muito pode ser aprendido e resgatado por meio dessas histórias "infantis".
Agradeço pela sua companhia. Continue curtindo e compartilhando :)
Sorte e prosperidade :)
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