Coração de Estudante - Falta um quê de Marilyn Monroe por Mônica Miranda
Acabei de ler um livro apaixonante sem pudores e receios. É um livro escrachado e sem escrúpulos, assim como sua personagem principal: Marylin Monroe. A diva. A descontrolada e idolatrada pelo mundo todo.
O livro “Marilyn e JK” de François Forestier é uma biografia excelente e ao mesmo tempo excitante. Os altos e baixos da atriz, sua relação conturbada com Kennedy e as tramoias políticas fazem deste uma obra inconstante e seria imprevisível se não fossem pelas aulas de história e de cinema.
O livro “Marilyn e JK” de François Forestier é uma biografia excelente e ao mesmo tempo excitante. Os altos e baixos da atriz, sua relação conturbada com Kennedy e as tramoias políticas fazem deste uma obra inconstante e seria imprevisível se não fossem pelas aulas de história e de cinema.
Além de linda e exuberante, no fundo Marylin era uma mulher triste e reprimida, mas apesar de tudo, era muito forte. Com um pai desconhecido e a mãe internada no manicômio, ela encontrou na sexualidade do seu corpo a fuga e a oportunidade de estar melhor. Na verdade, tudo o que ela transmitia disfarçava sua tristeza e o seu talento encobria suas vontades mais íntimas.
Para completar, Marilyn acreditava que o caso que mantinha com Kennedy era um romance puro e verdadeiro. Mas não. Era sórdido, era sujo e era animal. E suas relações comerciais eram baseadas em gana e interesse.
Deu pra perceber que uma vida de estrela nem sempre é como imaginamos. E não mesmo. Acredito que no fundo, no fundo, Marylin Monroe era uma mulherzinha, dessas que sonham com o príncipe encantado, com o marido perfeito, com filhos, com casa, enfim. Tudo o que não teve, ela desejava.
Mas não era pra ser. Ela nunca seria uma mulher de um homem só, ela era de todos, cobiçada e admirada pelo mundo inteiro. Marylin era assim: diferente, moderna, futurista e muito atrevida.
Uma pena a nossa geração ainda não ter nenhum projeto de Marylin. Há essas mulheres cheias de não me toquem, não me relem, que se mostram (até demais) e se acham sensuais e sexuais a ponto de irem parar somente em capas de revistas. Sem conteúdo e sem talento, acreditam no corpo como ferramenta. Falsas “Marilyns” é o que não faltam por aí. Se bem, que a verdadeira Marylin Monroe é insubstituível, inimitável e única.
A nossa geração peca pelo excesso. Ou têm muita atitude, a ponto de se envolverem em casos e agressões absurdas, ou não têm vontade de fazer nada, apenas ficar esperando o destino e a vida acontecerem, através da internet, é claro.
Apesar de toda a sexualidades banalizada, ainda falta um quê de Marilyn Monroe em muitas moças. Não estou falando para sair do casulo e cultivar um corpo escultural ou fazer caras e bocas para conquistar homens. Não é nada disso. É um pouco mais de interesse ou borogodó*, como muitos falam por aí. Mas isso, reconhecemos que não se adquire. É nato. E é para poucos.
Amy Whinehouse? Acho que não. Ainda está para nascer uma Marylin Monroe do século XXI.
Amy Whinehouse? Acho que não. Ainda está para nascer uma Marylin Monroe do século XXI.
The River of No Return - Marilyn Monroe (1954)
*Nota do editor: Borogodó - "atrativo pessoal irrresistível" - é aquilo que não pode ser definido como beleza, charme, sensualidade ou sexualidade...em suma, aquele 'plus' que não tem descrição definida/ ou causa fisiológica/ ou razão de ser, mas que é indiscutivelmente algo que desperta o interesse de todos que estão à volta.
Sobre o Autor:
Mônica Miranda,22 é redatora e apaixonada por literatura, histórias e palavras. Tem como sonhos garimpar o mundo inteiro e escrever um livro. http://twitter.com/MonicaCSM |
2 comentários:
Arrasou! parabéns pelo texto, Mônica. A diva agradece! ;)
Adorei Mônica. Parabéns!
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